Museu da Guarda

Exposições Temporárias

Museu da Guarda

Exposição de gravuras do acervo do Museu da Guarda

EU DIRIA QUE NEVAVA

Exposição de gravuras do acervo do Museu da Guarda

Curadoria: Antonio Navarro

Textos de Maria Afonso


A exposição de 26 gravuras + 1, intitulada «Eu diria que nevava», título pedido de empréstimo ao livro de poesia epónimo, de Maria Afonso, reúne gravadores, de naturalidade portuguesa e de nacionalidade espanhola, dando assim corpo a um autêntico projeto artístico de colaboração transfronteiriça.


As gravuras selecionadas são parte dos trabalhos que resultam dos cursos organizados pelo Museu da Guarda, no seu próprio Estúdio de Gravura, e ministrados por especialistas e investigadores em gravura contemporânea, entre 2019 e 2022. Desde o seu primeiro curso dedicado à serigrafia e realizado em 2016 no âmbito do Simpósio Internacional de Arte Contemporânea – Cidade da Guarda, o Museu foi constituindo, ao longo de várias edições que exploram técnicas de gravura recentes como antigas, uma coleção assinalável de arte gráfica.

O Museu da Guarda volta agora a brindar os seus públicos com uma mostra visualmente poética, vibrante e envolvente, conduzida pela voz lírica acima referida, que serve de fio condutor. Tal exposição visa convocar memórias e emoções profundas do nosso imaginário contemporâneo.

Museu da Guarda

UKIYO-E: a Extraordinária Arte da Estampa Japonesa

UKIYO-E: a Extraordinária Arte da Estampa Japonesa

Estampa japonesa é uma expressão ampla que abarca todas as gravuras realizadas em qualquer época no Japão.

O termo Ukiyo-e refere-se a estampas (um género de xilogravura e pintura) produzidas num determinado período, que vai desde os começos do século XVII até aos finais do século XIX.

Ukiyo significa «figuras do mundo flutuante». Alude não só aos pequenos prazeres da vida quotidiana, mas também aos ícones da vida urbana e à importância da paisagem no Japão tradicional.

Museu da Guarda

O Meu Universo, de Filomena Morim e 3XP3RIMENTAL, de Desy CXXIII

Na Galeria Evelina Coelho e Espaço#4 do Museu da Guarda inauguram hoje, dia 15 de junho, pelas 18h, as exposições o Meu Universo, de Filomena Morim e 3XP3RIMENTAL, de Desy CXXIII. As referidas exposições estarão patentes até dia 27 de agosto.

 

O Meu Universo, de Filomena Morim

As obras de Filomena Morim concretizam múltiplas interpretações, por serem intrinsecamente livres. Promovem a liberdade imaginativa do espectador, ao possibilitarem diferentes sensações, através do acto de fruição da obra. Uma fruição que transporta movimento, energia e vida, uma clara alusão ao que é a contemporaneidade.

As suas obras carregadas de matéria convidam-nos a apreciar a diferença. Fazem no espírito a comunicação através de gestos de cor que ecoam no espaço em misteriosas manchas e em superfícies rasgadas por um profundo cromatismo, ora de forma ardente e comprometedora, ora criando desencontros de sensibilidade, em pinceladas fluidas, num claro epítome de equilíbrio.

Filomena Morim marca um lugar dentro da pintura contemporânea, e muito justamente, porque é uma artista que pinta a sensação. O seu trabalho exprime-se para além da tinta, servindo-se do acto de pintar para justificar o que as suas obras exprimem, independentemente do material, ressalta na sua obra o múltiplo e os cenários idílicos, que conduzem o observador, para o que de mais íntimo tem dentro de si. É uma obra aberta que não encerra um conceito, mas sim, que se abre a muitas interpretações.

Estamos na presença de uma artista sem hesitações, dotada de um impulso ritmado, onde cada tomada de consciência nos abre o caminho para o seu mundo multidisciplinar, onde cada gesto tem o sabor de uma certeza, cujo precedente é despertar para novas formas de percecionar.

Álvaro Lobato de Faria

Galerista e Curador

 

3XP3RIMENTAL, de Desy CXXIII

O escuro tem luz própria e agora consigo ver nele uma luz com incidência e brilho maiores.
No processo de busca da minha própria luz, deixei primeiro que o escuro me inundasse e me levasse à ansiedade; e então inspirei-me em tantas outras luzes, “estudei com os iluminados”, meditei sobre elas e com elas aprendi a cultivar a luz e a recebê-la sob várias formas.
Hoje, ao partilhar a minha luz – essa luz que me foi trazida pelas inspirações – sei que continuarei a ouvir o que têm para me dizer ao ouvido, em forma de rima ou prosa, e aprender que o mundo também tem a parte cor-de-rosa; que todas as cores do arco-íris são pedaços de luz que podemos partilhar; que a nossa luz pode ser absorvida como emanada, e com ela inspirar. Foi com palavras “luminosas” que iluminei o meu caminho, e nele descobri novos trilhos, novas abordagens e novos focos para onde posso – e devo! – apontar a minha luz. Afinal, quem tem o foco do meu percurso sou eu, e cabe-me a mim apontar energias para um melhor e mais radiante futuro, para dele fazer, desde já, o meu presente. Como daltónico, sonho poder ver mais cores e com elas dar ainda mais cor à vida! Sonho poder inspirar e iluminar – através da partilha desta nova luz – aqueles cujos caminhos se cruzam com o meu, e com eles crescer e continuar a aprender.
Com novos universos sempre no horizonte, quero que esta luz que me inunda e me ajuda a equilibrar a respiração e a inspiração, que me faz observar e absorver, se apodere de mim e, como na explosão de uma Supernova, espalhar-se e criar mais luz, porque nesse caminho de luz há muito mais para ver e disfrutar. Direciona o teu foco para aquilo que te faz mais feliz… na Arte e na Vida!

Desy CXXIII 2023